Diferente do que se observou em outros momentos da pandemia que está quase completando um ano, comerciantes gaúchos acataram e até apoiam a decisão do governador Eduardo Leite de antecipar para 20h o horário limite de funcionamento dos estabelecimentos. Até ontem, era permitido atender até 22h. A determinação engloba, inclusive, supermercados.
Como de costume, diversos empresários procuraram a coluna para conversar sobre as medidas. E eles são, sempre, um bom termômetro. Todos eles aceitaram bem a decisão, até mesmo porque foi uma contrapartida para manter a cogestão, permitindo regras de bandeira vermelha para quem está na preta. Alguns deles até apoiam enfaticamente, entendendo que a situação da covid-19 realmente requer medidas fortes e acreditando que isso possa coibir as aglomerações festivas, comprovadamente difíceis de controlar.
Campanhas de conscientização da população se mostraram insuficientes. O início da vacinação - por mais lento que o processo seja - parece ter estimulado as pessoas a afrouxarem cuidados ao invés de intensificá-los já que, finalmente, apareceu a luz no final do túnel. Autoridades também concordam com os empresários que a contaminação não ocorre tanto em ambientes controlados como shoppings e escolas, mas a intenção agora também é dar um choque de urgência na população. É difícil mesmo "cair a ficha" para que sejam adotados, também, "protocolos familiares", tão ou mais importantes do que aqueles definidos para o comércio.
Até mesmo o argumento antigo de que uma faixa mais ampla de horário diminui a concentração de clientes não foi colocado, desta vez, à coluna. Aparentemente, o objetivo da medida foi compreendido e aceito.
Oficialmente, a coluna recebeu manifestações de duas entidades. Uma delas foi do presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Sérgio Galbinski observa que, após as 20h, já não havia muito movimento na lojas.
- Em especia, nos shoppings já que os cinemas não têm muitos lançamentos e os restaurantes não atraem mais tantos clientes aos centros de compra como antes. Desta forma, os lojistas podem administrar melhor a quantidade de funcionários para não passar dos limites do decreto estadual - diz o presidente da AGV.
Já a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informa que acatará "toda e qualquer medida" do governo gaúcho para minimizar os impactos da pandemia, ou seja, sinaliza que não irá solicitar ampliação de horário de funcionamento. A entidade também acrescentou à coluna que apoia e respeita a gestão compartilhada com os prefeitos.
"Entendemos que o momento não é de questionamentos, mas sim de confiarmos nas autoridades e aplicarmos as medidas sugeridas. Neste sentido, os supermercados gaúchos passarão a fechar suas portas às 20h para o público até o dia 1º de março.", conclui a Agas.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.