O Governo do Estado recusou todos os recursos para reconsideração de classificação no modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Estado. Segundo o mapa definitivo, a Serra Gaúcha e outras 10 regiões do Rio Grande do Sul estarão sob regimento de bandeira preta até o dia 1º de março. Ao mesmo tempo, o sistema de cogestão permanecerá em vigor, acatando o pedido dos prefeitos, com alteração na suspensão das atividades propostas na última sexta-feira (19).
A suspensão das atividades irá aumentar o seu período. Ela passa a valer das 20h às 5h, até o início da manhã do dia 2 de março. As exceções são atividades essenciais e para indústria.
O governo do Estado acatou pedido dos prefeitos para a manutenção das aulas presenciais na bandeira preta para a Educação Infantil e os 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, considerando a dificuldade que os pais encontram por não ter com quem deixar os filhos quando saem para trabalhar e a dificuldade de efetiva alfabetização das crianças em aulas virtuais. Para os demais níveis de ensino, as atividades presenciais seguem proibidas em regiões com bandeira preta. As atividades de ensino presencial não podem ser definidas pelo sistema de cogestão regional.
— Não há condição de suspender a cogestão nesse momento. Observamos para gravidade de ocupações dos leitos clínicos e de UTI. Fica aqui aos gestores o apelo que façam cumprir os protocolos. Nossas forças de seguranças estão mobilizadas para apoiar toda ação de fiscalização para os protocolos sejam cumpridos — disse o governador Eduardo Leite.
Esta é a primeira vez que o mapa tem tantas regiões consideradas de altíssimo risco, inédito também a macrorregião Caxias do Sul sob essa classificação. De acordo com os registros do Comitê de Dados do Governo, a Serra teve um salto na média ponderara de 1,44 para 2,66. Isso é explicado na piora de nove dos 11 indicadores. Há previsão de 92 mortes relacionadas com a covid-19 nos próximos dias.