Como o esperado após a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras, as ações da petroleira despencaram 20%, além da queda que já tinha ocorrido na semana passada. Leitores começaram a perguntar se é hora de comprar ações da estatal. Olha... Até é interessante observar que as pessoas já identificam que movimentos de baixa de papéis podem ser boas oportunidades de compra. No entanto, o cenário indica que as ações da Petrobras podem se desvalorizar mais ainda. Bolsonaro não dá sinal algum de que está preocupado com o impacto nos papéis da empresa, apesar de haver uma lei que responsabiliza o controlador de companhias de capital aberto quando provoca oscilações na ação. Bem ao contrário, ele reitera que haverá mais mudanças.
É impossível adivinhar o melhor momento de todos para comprar a ação de uma empresa. Isso seria identificar o preço mais baixo antes de ela engatar uma recuperação. Além do que a empresa tem de patrimônio, diversos fatores são considerados no preço de mercado, como projeção futura de desempenho da companhia, do setor e da própria economia no geral. Os bancões, pelo menos, revisaram suas posições sobre Petrobras e vários recomendaram venda das ações agora.
A ação pode até cair ainda mais e você segurar o papel nos seus investimentos até uma alta. Mas é preciso serenidade. Você tem o suficiente?
E para deixar claro
Bolsa de valores não é loteria. É onde empresas buscam recursos financeiros para ampliar seus negócios, gerar empregos e riqueza para o país. A bolsa exerce papel importante, principalmente em economias maduras. Também é onde muitos investidores aplicam seu dinheiro. Tem quem busca lucro de curto prazo, e tudo bem, movimenta o mercado. Mas há também muitos planos de previdência e fundos de investimento que aplicam em ações. Aliás, o investidor que compra papéis está apostando na empresa também, acreditando que ela terá sucesso.
Ouça mais entrevistas sobre o assunto no programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha):
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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