A caderneta de poupança fechou 2020 com perda de 2,30% no poder aquisitivo. O cálculo é feito pela Economática considerando a inflação pelo IPCA de 4,52% divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (12). É o segundo desempenho negativo mais intenso desde o Plano Real, de 1994.
Além disso, foi o pior resultado em 18 anos. Em 2002, ficou em -2,90% a perda no poder de compra do dinheiro na caderneta de poupança. A rentabilidade da aplicação preferida do brasileiro já tinha perdido para a inflação em 2019, quando o retorno ficou em -0,05%.
Enquanto a inflação acelera, a poupança segue atrelada à taxa de juro Selic. É isso que provoca o prejuízo para o poupador. A rentabilidade da caderneta é de 70% da Selic, que está em 2%. Ou seja, agora, a poupança está com retorno anual de 1,4%.
Deve aumentar em 2021? Sim, mas pouco. A Selic deve fechar este ano em 3,25%, conforme a última previsão do mercado no relatório Focus. Falta tempo até lá. Mas, se isso se confirmar, o rendimento da poupança subirá para 2,275%, ou seja, ainda bem abaixo da inflação.
Outros investimentos
Além da poupança, o CDI e o Ibovespa tiveram rentabilidade negativa em 2020, descontando a inflação. O melhor desempenho foi do ouro, com valorização de 49,19%.
Confira o ganho (ou perda) real dos investimentos em 2020, ou seja, já descontada a inflação:
Ouro +49,19%
Euro Real +34,69%
Dólar Ptax Venda +23,36%
Ima-B (formado por títulos públicos atrelados à inflação) +1,81%
Ihfa (formado por fundos multimercados) +0,95%
Ibovespa -1,53%
CDI -1,68%
Poupança -2,30%
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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