A tensão e a expectativa são grandes no varejo - e em outras atividades econômicas - para a reunião do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus da Prefeitura de Porto Alegre. No encontro desta quarta-feira (2), se definirá como ficarão as regras da Capital com as mudanças no decreto estadual. Em um primeiro momento, a ideia era manter o decreto municipal e argumentar sobre peculiaridades locais, mas isso geraria novo embate no judiciário, como ocorreu no Dia dos Pais. Em paralelo, corre o receio de restrições ainda mais fortes, o que tinha sido sinalizado na semana passada.
No caso dos lojistas, a preocupação é maior porque o Natal se aproxima. É a principal data de vendas do setor, que sofreu com restrições fortes durante parte da pandemia e ainda está com horários restritos na Capital. Presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA), Paulo Roberto Kruse pensa que poderia ser mantido o horário atual para lojas de rua até as 19h, que não vai contra o decreto estadual. Outra possibilidade seria antecipar o horário das lojas de shopping para 10h às 20h, enquanto agora vai das 12h às 22h. O varejo vinha pedindo até a ampliação, mas na conjuntura atual, evitaria a divergência com o Estado, já que isso se encaixa no decreto do governo gaúcho.
- Não podemos ter menos horas para funcionar. O lojista está sangrando, teremos mais fechamentos de empresas - reforça Kruse, que tem participado das negociações com a prefeitura de Porto Alegre.
O varejo tem argumentado que um horário menor de funcionamento gera mais aglomeração de clientes e que os ambientes do comércio são controlados. Para evitar a retomada de restrições, entidades empresariais se comprometeram com o prefeito Nelson Marchezan Junior na semana passada em lançar uma campanha para conscientizar a população. As peças publicitárias estão prontas e o mote é: "Porto Alegre precisa de você, agora".
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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