Com um cenário de otimismo mundial, a bolsa de valores de São Paulo, B3, dispara nesta terça-feira (24). Os motivos são: boas perspectivas para várias vacinas, informações de que os novos confinamentos não seriam totais e a cooperação de Donald Trump à transição na presidência dos Estados Unidos para Joe Biden. Os fatores fazem, inclusive, com que a preocupação com as contas públicas do Brasil fiquem em segundo plano. Ao menos, por hoje.
Neste início de tarde, o Ibovespa superou 109 mil pontos, sendo que começou a manhã em 107 mil pontos. O índice é composto pelas ações mais negociadas na bolsa brasileira. Petrobras lidera a alta, beneficiada pela elevação da cotação do petróleo no mercado internacional com a perspectiva de que uma recuperação eleve o consumo de combustíveis. Bancos e administradoras de shoppings também sobem com força, assim como a Embraer. Destaque para o desempenho de empresas que sofreram na pandemia e carregavam perspectivas pessimistas. A retomada da economia com a existência de vacina deixa essas ações "baratas" para os investidores. Ocorre o que se chama de rotação nas carteiras de investimento, apostando em ações que foram deixadas de lado.
- Fechamento assim só em 21 de fevereiro, quando encerrou a 113.681 pontos - lembra Wagner Salaverry, sócio da gestora de fundos Quantitas Asset.
A bolsa de valores brasileira foi onde primeiro se captou a gravidade do coronavírus no Brasil. Ainda no meio do Carnaval, os mercados mundiais despencaram com a covid-19 atingindo com força a Itália e com o fechamento de uma fábrica da Samsung na Coreia do Sul. As notícias antecederam um tombo do Ibovespa assim que o mercado reabriu, dando início a uma sequência de episódios de circuit breaker, quando negociações são suspensas por quedas intensas demais do Ibovespa.
Ao mesmo tempo, o dólar comercial cai nesta terça. O recuo é de quase 1%, sendo vendido a R$ 5,38, aproximadamente, entre as mínimas do dia. Com o cenário otimista, os investidores não precisam tanto se refugiar na moeda. A valorização do real só não tem sido maior pelo receio com o déficit fiscal no Brasil.
O otimismo também atinge, positivamente, o mercado financeiro dos Estados Unidos. O índice Dow Jones, indicador da bolsa de balores de Nova York (Nyse), ultrapassou a marca de 30 mil pontos pela primeira vez na história. Com isso, bateu o recorde anterior, registrado em janeiro, antes do impacto do coronavírus.
O comportamento do mercado é um bom sinal? Leia mais: Otimismo no aguardo dos fatos
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da colunista
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