O valor financiado para compra e construção de imóveis vem em uma escalada nos últimos meses. Em setembro, foram R$ 733 milhões no Rio Grande do Sul, o maior volume do ano e 79% acima do mesmo mês de 2019. Os dados foram enviados à coluna pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança atingiram R$ 4,553 bilhões de janeiro a setembro de 2020 no Rio Grande do Sul. O valor representa uma forte alta de 35% na comparação com o mesmo período do ano passado. Também é o maior montante financiado desde o registrado nos primeiros nove meses de 2014, quando foram R$ 5,1 bilhões em crédito para compra de imóveis.
Ainda segundo a associação, os empréstimos foram destinados à aquisição e construção de 18.824 imóveis no Rio Grande do Sul de janeiro a setembro. Só no mês passado, foram 2.763. Ou seja, o crédito aquece o mercado da construção civil, que tem sido o setor com indicadores mais positivos, de confiança a geração de empregos.
Há ainda um forte estímulo ao crédito imobiliário, que tem sido uma das linhas de frente do governo federal para minimizar o impacto econômico da pandemia. A Caixa Econômica Federal fez diversos anúncios, que vão da pausa do financiamento até carência para pagamento.
Além disso, o juro baixo deixa o financiamento mais barato e, atenção, abre espaço para renegociação de contratos em andamento. Muitos foram assinados em tempos de Selic alta, mas a taxa referência da economia brasileira está, agora, no seu piso histórico. Isso derruba o custo dos bancos para captação do dinheiro e nada mais justo que isso seja repassado ao cliente. Como o financiamento imobiliário é um crédito de baixa inadimplência, as instituições financeiras têm interessem em mantê-lo ou até em captá-lo de outros bancos por meio da portabilidade, oferecendo condições melhores para o mutuário. Saiba mais: Será que a prestação do seu financiamento imobiliário não está muito alta?
Captação da poupança
A captação líquida do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ficou positiva em cerca de R$ 10 bilhões em setembro. Foi o melhor resultado para o mês na série histórica, iniciada em julho de 1994. Segundo a Abecip, isso indica redução do consumo e maior preocupação financeira diante da crise do coronavírus.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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