Lembram do leitor que economizou R$ 650 seguindo a dica de renegociar o juro do financiamento imobiliário? Até então, era a mensagem com o maior valor que tínhamos recebido. Depois, vieram novos relatos e, na última semana, uma empresária de Porto Alegre contou que reduziu em R$ 800 a prestação paga pelo empréstimo tomado para comprar o escritório.
A coluna não divulga o nome da leitora para não expor informações financeiras pessoais. Mas ela contou ter reduzido o juro de 13% para 9,79%. Não precisou trocar de banco, conseguindo a diminuição com a própria instituição financeira, onde tem um financiamento imobiliário com duração de 15 anos e pagou por três anos até agora.
Na maior parte dos relatos, a redução da parcela da casa própria fica entre R$ 300 e R$ 500. Algumas pessoas precisam fazer - ou ao menos, dar início - o procedimento de portabilidade do crédito. No entanto, várias outras conseguem a redução em uma negociação simples e direta com o banco. A coluna tem batido nesta tecla porque, no cenário atual de juro no país, o custo de captação de dinheiro pela instituição financeira caiu. Então, nada mais justo do que fazer esse repasse para os clientes, contribuindo para um endividamento mais saudável e menos pesado para os consumidores.
Com o juro caindo, alguns empréstimos até ficaram com taxas caras demais. E sempre é hora de negociar, por mais que possa cair ainda mais o juro. A opção para os mutuários, então, é a portabilidade, que é levar o financiamento para outro banco que oferecer melhores condições. Principalmente, um juro menor.
O pedido de portabilidade muitas vezes termina com a renegociação da taxa com o próprio banco, que prefere manter o cliente do que perdê-lo para o concorrente. Até mesmo porque a inadimplência do financiamento imobiliário é baixa, já que o devedor teme perder o imóvel.
Segundo o Banco Central, há 570 mil operações de crédito contratadas antes de 2019, adimplentes e com juro acima de 10% que podem pleitear a portabilidade. Então, peça propostas para instituições financeiras concorrentes e compare taxas. É possível que você consiga condições melhores de pagamento. No momento de simular a nova parcela, não considere apenas a taxa de juros informada, porque, na composição de preço, há ainda outras tarifas e seguros. Solicite o chamado Custo Efetivo Total, mais conhecido por CET e que soma todos esses valores.
Em tempo, a portabilidade não é restrita a financiamentos imobiliários. Ela é uma opção também para outras dívidas.
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Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da colunista
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