Alguns leitores relataram estar com dificuldades de usar a margem maior do consignado, que foi elevada para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A coluna entrou em contato pelo telefone 135, da Previdência Social, e as informações, realmente, ainda estão desatualizadas na gravação, citando os percentuais antigos. Após aguardar 10 minutos da linha, a ligação foi passada para um atendente, que informou não ter recebido também as atualizações.
A coluna, então, procurou a assessoria de imprensa no INSS. Recebeu como retorno que as margens majoradas já estão, sim, disponíveis e que seriam tomadas providências para atualizar as informações para o setor de atendimento.
A medida provisória foi publicada no Diário Oficial da União na semana passada. O limite passou de 35% para 40%, sendo que 5% são para cartão de crédito. Com foco na redução da bola de neve do endividamento durante a pandemia, a ampliação vale até 31 de dezembro de 2020, mas há possibilidade de prorrogação. Atualmente, 11,3 milhões de aposentados e pensionistas do INSS possuem contrato de empréstimos consignados.
O aumento da margem era bastante esperado pelos beneficiários e também pergunta frequente dos leitores da coluna. Mas cuidado, porque abre espaço para aumento de endividamento, que, ocorrendo descontrole, vira inadimplência. Atenção especial para as pessoas que tomam o empréstimo em nome de terceiros, como familiares. Pesquisas mostram que essa prática é bastante frequente. Nem sempre o compromisso de pagamento é o mesmo, o que pode trazer problemas financeiros e até conflitos pessoais. Como a parcela do empréstimo é descontada na folha de pagamento, não tem nem como adiar o pagamento. A remuneração vem menor e o tomador que se vire para vencer o mês.
O crédito consignado realmente apresenta as menores taxas de juros, tendo em vista a sua baixa probabilidade de inadimplência com o desconto na folha de pagamento. Então, é uma boa opção para pagar dívidas atrasadas que sejam mais caras. No entanto, não deve ser usado desnecessariamente. Se possível, adie determinado consumo. Não existe almoço grátis. Para você ter hoje o sofá novo para o qual não tem dinheiro, precisa pagar por essa antecipação e o faz ao tomar um empréstimo para comprar o bem.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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