Por enquanto, o comércio de Porto Alegre chamado de "não essencial" trabalha com a definição de que não poderá abrir neste sábado e nem no domingo. Mas não sabe se isso pode mudar, mesmo que seja pouco provável. Também não tem ideia ainda sobre a semana que vem. A expectativa é grande, mesmo que não tão externada quanto nas semanas anteriores. A resignação, a coluna sabe, é só aparente.
Valendo somente até o próximo domingo (16), o último decreto da prefeitura de Porto Alegre não permite funcionamento no sábado, pelo receio das autoridades de que isso gere aglomeração demais com as pessoas optando por passear nos shoppings. A ideia é, sim, permitir retomada das economia, mas estimular a ida da população às lojas apenas para compras.
- A Capital reúne muitas pessoas. É totalmente diferente o comércio daqui abrir ao sábado do que em uma cidade do interior. As pessoas daqui vão passear no shopping se está frio e chovendo, ou se está quente demais em busca do ar condicionado - comentou com a coluna em outra ocasião o secretário extraordinário de Enfrentamento ao Coronavírus de Porto Alegre, Bruno Miragem.
E entidades do varejo de Porto Alegre já compreenderam esse argumento e várias aceitaram. Apostam agora na outra ideia da prefeitura, que é ampliar os dias de funcionamento do comércio não essencial já na semana que vem. Seguindo os quatro dias permitidos pelo decreto estadual de distanciamento controlado, o período poderia ser ampliado pela prefeitura para de terça a sexta.
Miragem tem dito para a coluna que o ideal seria autorizar o comércio a funcionar de segunda a sexta-feira, mas o decreto estadual precisaria ampliar para cinco dias o prazo permitido para funcionamento. Já houve alteração na última semana, liberando os municípios para escolherem os dias até fechar o limite de quatro, e também o horário, podendo ir até 17h, o que já se prevê na norma de Porto Alegre.
Ocorre nesta sexta uma reunião do comitê da prefeitura de Porto Alegre. Devem ocorrer novas definições. A intenção é editar um novo decreto ainda hoje, sinalizando para as empresas como será a próxima semana para as atividades econômicas. O prefeito Nelson Marchezan Junior já manifestou que essa norma deve ter duração maior, já que a última valeu por menos de uma semana. O prefeito, no entanto, anda com a agenda tomada pelas demandas políticas, o que também trava a conversa com o empresariado.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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