O sábado ocupou o lugar da sexta-feira na reunião desta tarde do prefeito Nelson Marchezan Junior com o empresariado de Porto Alegre. Até semana passada, o pedido das entidades e a intenção da prefeitura era para o comércio não essencial funcionar de segunda a sexta-feira. Isso, no entanto, esbarra na norma estadual que autoriza apenas quatro dias para o caso da Capital. Havia a expectativa de um avanço em relação a isso nesta semana, dando tempo para um novo decreto de Porto Alegre liberar já a próxima sexta. Por enquanto, as lojas só podem abrir de segunda a quinta e, no máximo, até 17h.
A coluna acompanhou a reunião. Sem garantia sobre isso e nem que os pedidos de ampliação de horário fossem atendidos, os empresários passaram a pedir, então, o sábado liberado. O argumento é de que há mais vendas no dia e compensaria outros fechados. O prefeito Nelson Marchezan respondeu que mais vendas também sinalizam mais circulação em um mesmo dia, que é o que a prefeitura tenta evitar.
A abertura no final de semana só será possível se a prefeitura de Porto Alegre recuar bastante nos argumentos que tem usado, o que não é impossível. Tanto Marchezan quanto a equipe dizem que o sábado faria as pessoas irem passear no comércio e não comprar. Principalmente, pela longa duração já das medidas de distanciamento social. Além disso, viriam pessoas de fora de Porto Alegre, acrescentam.
Os empresários argumentam que construção civil e indústria fecham aos finais de semana e, com isso, haveria menos pessoas circulando. A prefeitura diz que o trabalhador iria ao comércio no final de semana e depois levaria o vírus para o trabalho. Os cenários são vários e a ponderação não é fácil. O prefeito disse que a ideia seria avaliada pelo comitê, que também assistiu a reunião.
Foi trazida novamente a proposta dos empresários para que lojas de rua e de shopping funcionassem em horários diferentes. Em especial, os centros comerciais querem abrir até mais tarde. A prefeitura diz que teme que o consumidor vá na loja de rua e depois no shopping, não se dividindo o público entre os locais como é a intenção. Também para o shopping funcionar até mais tarde é preciso que Porto Alegre mude de bandeira ou que tenha a proposta de ajuste com os municípios habilitada no pedido que foi encaminhado à noite passada ao governo do Estado.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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