Na oitava semana de alta consecutiva, o preço médio da gasolina comum acelerou a escalada no Rio Grande do Sul. O aumento foi de oito centavos, com valor de R$ 4,09. A pesquisa semanal é feita pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), considera 362 postos de combustíveis e também identificou elevação de preços nas distribuidoras.
O preço mais baixo foi R$ 3,73, em São Leopoldo. Já o mais alto foi R$ 4,79, em Bagé. Em Porto Alegre, também aumentou oito centavos, com a média da gasolina custando R$ 4,12.
A sequência de altas ocorreu após a reação das cotações do petróleo no mercado internacional, com a reabertura de economias importantes no mundo. Inclusive, com a China elevando o consumo de combustível mais do que o projetado. Além disso, países produtores de petróleo chegaram a acordo para segurar a produção.
Como efeito cascata, também houve aumento nas refinarias pela Petrobras e ainda no preço de pauta do Rio Grande do Sul pela Receita Estadual. É por ele que a Secretarial Estadual da Fazenda (Sefaz-RS) calcula o valor do ICMS que precisa ser recolhido. Para fechar, um aumento nas vendas pelos postos após flexibilizações abriu espaço para retomada de margem do lucro pelos postos. Esse último fator, no entanto, pode mudar de cenário com a piora da pandemia no Rio Grande do Sul e a retomada da restrição mais forte às atividades econômicas.
Na última semana, a Petrobras anunciou nova elevação de 3% nos preços da gasolina nas refinarias. E o economista da Quantitas Asset, João Fernandes, avisa que há espaço para novo aumento pela estatal, fazendo o cruzamento com os valores da gasolina no golfo dos Estados Unidos e com o comportamento da cotação do petróleo nos últimos dias.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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