O consumidor já sente há semanas, mas fica o alerta: a gasolina deve subir mais. Há espaço para novos reajustes nas refinarias, onde é a Petrobras que define valores. Quando isso acontece, aumentos costumam ser repassados pelas distribuidoras aos postos de combustível e, depois para, as bombas.
Economista da Quantitas Asset, João Fernandes acredita que a estatal venha a aumentar ainda nesta semana o preço da gasolina. Há espaço para um ajuste de 7%, segundo ele, que cruza os preços históricos do petróleo com o valor do combustível tanto no Brasil quanto no golfo dos Estados Unidos.
Com a sétima semana de alta consecutiva, o preço da gasolina comum voltou já a ficar acima dos R$ 4 no Rio Grande do Sul, o que não ocorria desde meados de abril. A última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) considerou 364 postos de combustível e calculou um valor médio de R$ 4,01.
A elevação é identificada também na distribuidora. A sequência de altas ocorreu após a reação das cotações do petróleo no mercado internacional, com a reabertura de economias importantes no mundo. Inclusive, com a China elevando o consumo de combustível mais do que o projetado. Além disso, países produtores de petróleo chegaram a acordo para segurar a produção.
Como efeito cascata, também houve aumento nas refinarias pela Petrobras e ainda no preço de pauta do Rio Grande do Sul pela Receita Estadual. É por ele que a Secretarial Estadual da Fazenda (Sefaz-RS) calcula o valor do ICMS que precisa ser recolhido. Para fechar, um aumento nas vendas pelos postos após flexibilizações abriu espaço para retomada de margem do lucro pelos postos.
Lembrando que o preço mais alto já encontrado pela ANP no Rio Grande do Sul foi de R$ 4,95. Ele apareceu em uma pesquisa em outubro de 2018, quando o petróleo disparava no exterior.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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