Lá em abril ainda, a coluna noticiou a chegada do Cornershop a Porto Alegre. O aplicativo foi criado no Chile e comprado pela Uber. Na época, tinha produtos do Carrefour, BIG e da pet shop Cobasi. Agora, já tem 10 lojas cadastradas. Entre elas, estão o Nacional, também do Grupo BIG, Lindt, Cacau Show e até a confeitaria Lamb's, criada na década de 80. Os pedidos de delivery dispararam com a pandemia do coronavírus.
A rede norte-americana Walmart tentou comprar a Cornershop, mas a negociação foi barrada por órgãos que cuidam da concentração de setores econômicos. Em outubro de 2019, foi fechado um acordo de compra de uma participação majoritária pela Uber. Com a chegada a Porto Alegre, concorre com Rappi, operações locais e os serviços oferecidos pelas próprias empresas.
Dependendo da região da cidade e do horário da compra, as entregas podem ocorrer em menos de duas horas. O usuário pode escolher o horário que quer receber. Em geral, há cobrança de frete, mas pode ser isentada se o consumidor aceitar algumas promoções que são oferecidas na finalização do pedido.
A funcionalidade da plataforma é simples e se mostra melhor do que outros aplicativos de marketplace, sinalizando boas promoções. Depois de baixar o aplicativo e fazer o login, o cliente escolhe a loja onde quer fazer a compra e é levado para uma página com todos os produtos disponíveis. Depois de escolher o que quer comprar, basta indicar o endereço, método de pagamento, telefone e horário de entrega. Pode pagar com cartão de crédito.
Além disso, um informe no aplicativo indica que a entrega é feita, durante a pandemia, sem contato físico. As sacolas de compra serão colocadas no chão da sua porta e, quando você atender, o entregador vai se afastar. O aplicativo da Cornershop está disponível para Android e iOS. Também dá para fazer as compras pelo computador. Quem quer trabalhar como comprador e entregador de produtos, pode se inscrever pelo site da empresa.
Os hipermercados são as lojas âncoras da Cornershop, como são chamadas as maiores operações de um shopping tradicional. A coluna tentou fazer uma compra, mas cancelou o pedido porque faltavam muitos itens na hora em que o "shopper" selecionava os produtos. O sistema para substituição é bastante funcional e o profissional era atencioso, mas é complicado seguir com a compra tão diferente do pretendido inicialmente. O mesmo já tinha acontecido com o Rappi. Fica a dica, já que aplicativos devem simplificar a compra.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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