Para minimizar o impacto da pandemia nos negócios, a Randon, da Serra, informou aos acionistas que priorizou investimentos, reativou um comitê de contingências, revisou o orçamento anual e implemento um processo rigoroso, segundo a empresa, de aprovação de novas despesas. Ainda conforme o relatório do primeiro trimestre, as exportações caíram 34,1% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando que o exterior sofreu com o coronavírus antes do Brasil.
Além de montadora, a também fabricante de autopeças para caminhões e máquinas agrícolas Randon registrou no primeiro trimestre um lucro líquido de R$ 3 milhões, um recuo de 90,5% em relação aos R$ 31,6 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Na divisão autopeças, a diversificação dos negócios e o câmbio favorável foram os principais fatores de crescimento. No entanto, a pandemia teve efeito significativo no resultado.
Ainda nesta semana, saiu o resultado da Fras-le, que faz parte da Randon. O material trouxe um espaço especial destinado a expectativas, que começa falando que o cenário é inédito para a companhia que iniciou as atividades na década de 50. O texto cita que projetar os próximos trimestres é "extremamente desafiador", mas complementa que alguns sinais "confortam que as quedas serão reduzidas nos próximos trimestres".
Segundo o comunicado, a operação da Fras-le na China já opera de forma regular. Por outro lado, a unidade da Índia retomou parte da produção apenas em maio após 40 dias fechada. E em Caxias do Sul? A empresa diz que as vendas ainda indicam retração, mas a carteira de pedidos já começa a esboçar reação. A sinalização, segundo a companhia, é de que a retomada pode ser mais rápida.
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Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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