A sexta-feira (5) está animada no mercado financeiro mundial para fechar uma semana que já vinha positiva. O dólar comercial é o maior destaque, chegando a ser vendido a menos de R$ 5 pela primeira vez desde 26 de março, por R$ 4,98 no final da manhã. O grande motivo veio do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que gerou emprego quando se esperava o fechamento de vagas em maio.
E o Ibovespa também fica de bom humor com isso. Acelera os ganhos com alta no meio da manhã em torno de 3,5%. Passou dos 97 mil pontos e gera a esperança de voltar a 100.000. É o indicador que reflete a bolsa de valores de São Paulo, a B3, considerando as ações das empresas mais negociadas.
Para se ter uma ideia, o mercado projetava o fechamento de 8,3 milhões de empregos nos Estados Unidos, que é a maior economia do mundo, ainda na frente da China. Só que o chamado "payroll", divulgado nesta sexta, apontou a criação de 2,5 milhões de postos de trabalho.
- Foi surpreendente. Impressionante - disse Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos.
Com o desempenho, a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 13,3%. Observe-se que a estimativa era que subisse para 19,5%. A diferença é brutal e tem um impacto positivo muito grande no ânimo do mercado, que tenta projetar como as economias irão se recuperar da pandemia do coronavírus que chegou devastando 2020.
A partir desse "farol" aceso no fim do túnel em meio a tanta cautela, os ativos começam a ser valorizados. Com o otimismo turbinado, o mercado agora irá monitorar os próximos dados. Enquanto isso, também prestará atenção especial para a entrevista coletiva chamada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, para comentar os dados que ele comemorou de largada com o tweet: "THESE NUMBERS ARE INCREDIBLE!". Ou seja, "esses números são incríveis!", em caixa alta mesmo.
Dados positivos também no Brasil
A produção e vendas das montadoras começaram a se recuperar em maio depois de um mês praticamente paradas. Segundo números divulgados pela Anfavea, entidade que representa as montadoras, foram produzidos 43,1 mil veículos, alta de 2.232,4% sobre abril, mas queda de 84,4% sobre o mesmo do ano passado.
Há uma expectativa de que a General Motors (GM) defina nos próximos dias a retomada da produção no complexo de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. A montadora já voltou a fabricar em outros locais, relembre: Retomada em SC e SP gera expectativa sobre volta da produção na GM de Gravataí
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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