A pandemia atingiu como uma pancada tanto o turismo de negócios quanto o de lazer. Assim como em outros setores, empresas não sobreviverão por não terem fôlego para enfrentar um período difícil. Principalmente, as que já tinham dificuldades e estavam apostando em uma reação da economia em 2020. É o caso dos hotéis. Segundo monitoramento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Sul (ABIH RS), já são 24 estabelecimentos que fecharam em definitivo no Estado.
- O mais emblemático foi o Laje de Pedra, em Canela. Mas a grande parte dos fechamentos agora são de hotéis que já enfrentavam problemas nos negócios. Só que ainda teremos mais. Esse número não para por aí - projeta o diretor-executivo da ABIH RS, José Justo.
Um dos mais icônicos hotéis da serra gaúcha, o Laje de Pedra encerrou operações oficialmente em maio, após 42 anos de funcionamento. Tinha 60 funcionários, que foram demitidos e o enxoval foi doado.
No total, o Rio Grande do Sul tem 1.772 estabelecimentos de hospedagem. No entanto, 80% deles são empresas familiares, como pequenas pousadas, o que preocupa o diretor José Justo. Ainda conforme a associação, o setor hoteleiro gerava até a crise 14 mil empregos diretos no Estado e outros 54 mil indiretos na cadeia econômica que é movimentada.
- Agora, certamente, já perdemos 20% desses postos de trabalho - diz Justo.
A expectativa deve é de uma retomada do setor em quatro ou cinco meses. Sobre o assunto, a coluna fez uma entrevista exclusiva com o CEO do Grupo Accor na América do Sul, Patrick Mendes. A empresa francesa é dona de bandeiras como Ibis e Novotel, e está transformando alguns quartos em escritórios individuais. Leia e ouça aqui a entrevista completa: "Foi brutal, mas o pior passou", diz CEO que comanda 400 hotéis na América do Sul
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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