O preço da gasolina subirá mais uma vez nas refinarias a partir desta quinta-feira (21). A decisão está sendo comunicada pela Petrobras. É o terceiro - e forte - aumento consecutivo após uma sequência de quedas iniciada em fevereiro. O ajuste será de 12%, que vem na sequência de aumentos de 12% e de 10%, aplicados nas últimas duas semanas nas refinarias, que é onde a estatal define os valores.
A semana tem registrado uma alta sustentada do petróleo, com o WTI, que é referência nos Estados Unidos, custando mais de US$ 30. Ainda fica longe, no entanto, dos US$ 60 de antes da pandemia. Países produtores já tinham reduzido a fabricação para sustentar preços. Além disso, houve a reabertura de economias importantes no mundo, aumentando o consumo de combustíveis. Para fechar, saiu uma notícia nesta segunda-feira (18) no mercado de que o consumo pela China está voltando aos patamares anteriores ao coronavírus. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos em consumo de petróleo.
Na segunda-feira, o economista da Quantitas Asset, João Fernandes já projetava uma alta da gasolina comum nas refinarias de 10% nesta semana ainda. A Petrobras também anunciou um aumento de 8% no diesel, que já entrou em vigor. Foi o primeiro aumento do ano no combustível usado, principalmente, em caminhões.
A estatal define preços nas refinarias. Os valores, no entanto, são livres nas distribuidoras e nos postos de combustível. Para o consumidor, o preço médio da gasolina comum parou de cair no Rio Grande do Sul após nove semanas consecutivas de recuo. O valor se estabilizou na semana passada em R$ 3,80, no entanto, alguns postos já intensificam aumentos após os anúncios da Petrobras. A intensidade e rapidez disso, no entanto, esbarra na queda forte no consumo, com a queda na renda e as políticas de isolamento.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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