Ao atender o desejo do filho por farofa, Mirian Freitas descobriu o empreendedorismo. De Goiás e morando há um ano em Porto Alegre, ela é mãe de Luis Fernando, de sete anos, e que tem o transtorno do espectro autista. Mais seletivo para alimentos, o menino prefere comidas secas e crocantes. Quando veio para a capital gaúcha para ficar mais perto da família do pai de Luis, Mirian trouxe na mala pacotes da farofa preferida. Só que o estoque acabou.
— Liguei para a empresa com a proposta de me tornar representante da marca aqui no Sul, mas negaram a parceria. Então, resolvi arriscar — contou ela em entrevista ao programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha).
Primeiro, Mirian tentou com as farinhas gaúchas. Mas a receita não ficava parecida. Foi então que começou a trazer a farinha de mandioca de Goiás, junto com a proteína de soja.
— A farinha aqui é muito fina, não fica crocante. Meu filho não gostava — lembra.
Com a remessa de farinha chegando, Mirian voltou para a cozinha e conseguiu acertar a receita. Surgiu, então, a ideia de empreender.
— Fui oferecendo para amigos e vizinhos e as pessoas começaram a gostar. De repente, eu já estava recebendo encomendas. Foi aí que contratei uma empresa de engenharia de alimentos para me ajudar a criar a receita ideal, com os nutrientes necessários e que ficasse no padrão — detalha.
Com a maternidade puxando a ideia e o empreendedorismo no sangue, Mirian desenvolveu as embalagens e começou a expor em feiras de Porto Alegre. O pré-lançamento da Companhia da Farofa foi em um evento de empreendedorismo feminino.
— Foi muito importante para mim. Hoje, já tenho dois pontos de vendas fixos e mais duas representantes que me ajudam. É farofa com amor, sabor e propósito — comemora.
Além de alguns pontos de venda, as encomendas podem ser feitas pelo Instagram @ciadafarofa, com a possibilidade de entrega em casa. São seis sabores: tradicional, cúrcuma, pimenta, rapadura, castanhas do pará e de cajú. O pacote de 150 gramas varia de R$ 10 a R$ 15. Já o de 250 gramas oscila entre R$ 15 a R$ 20.
— Quero ampliar a produção, tanto é que estou buscando uma casa para alugar onde eu possa ter uma cozinha separada — projeta ela.
Saiba mais, no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha. Ouça aqui:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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