A linha de exportações não trouxe bons resultados no balanço da Marcopolo, fabricante de ônibus com sede em Caxias do Sul, na serra gaúcha. No terceiro trimestre, os embarques somaram receita de R$ 188,6 milhões. O aumento de 2,9% sobre o segundo trimestre foi chamado pela própria empresa como "modesto".
Além disso, o acumulado do ano apresenta queda de 22% da exportação da companhia. Fica em R$ 692 milhões contra R$ 888 milhões do mesmo período do ano passado.
No balanço, a Marcopolo atribui o resultado à redução de vendas para os principais mercados da empresa. Em especial, Argentina e Chile, mas também o continente afriano.
"O mix de exportação também foi afetado pela substituição de mercados com maiores margens por mercados com margens menores. Mesmo com crescimento de 2,9% das exportações no 3T19, vale lembrar que o 3T18 havia sido fraco em função das transferências de pedidos do mercado externo para o 4T18. As transferências haviam sido realizadas para equilibrar os efeitos negativos da queda de vendas de rodoviários no mercado interno, após antecipação de compras verificada no 3T18.", ainda pondera a empresa.
Em julho, a Marcopolo divulgou um comunicado avisando que mantinha o foco no crescimento no mercado argentino. Na ocasião, anunciou que passava a controlar a Metalsur, fabricante local de carrocerias de ônibus rodoviários. A Marcopolo atua na Argentina há mais de 40 anos. No último ano, foram exportados 300 ônibus da marca para o país.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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