O número de consumidores que geram energia solar triplicou no Rio Grande do Sul em 2018. Terminou o ano com 7.375 de usinas, como são chamadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica. No entanto, o ranking da Aneel atualizado desta terça-feira (05) já mostra 8.479 unidades consumidoras com geração.
O Rio Grande do Sul fica em terceiro no ranking nacional. Os primeiros lugares estão com Minas Gerais (12.464) e São Paulo (10.728).
Já quando é considerada a potência instalada nas usinas, o Rio Grande do Sul passa São Paulo e fica em segundo lugar. No ranking municipal, uma cidade gaúcha se destaca. É Santa Cruz do Sul, que fica em 7º lugar no país em potência para geração de energia solar, também chamada de fotovoltaica.
Alguns fatores se destacam no aumento forte da instalação de placas solares pelos consumidores, conforme a coluna Acerto de Contas relatou ao longo de todo 2018. Um deles é a redução no custo do equipamento e na mão de obra com o passar dos anos, o que diminuiu consideravelmente o tempo de retorno do investimento, o chamado "pay back". Outro ponto que contribui nessa equação são os reajustes, até mesmo de dois dígitos, nas tarifas de energia elétrica. E, para finalizar, destaque para os financiamentos mais acessíveis para instalar os sistemas de geração de energia solar, chegando a permitir que o cliente pague a parcela do empréstimo com o que economizar na conta de luz do mês.
Há mudanças no horizonte
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está com uma consulta pública aberta até abril de 2019 para discutir alterações nas regras da mini e microgeração de energia solar. Além da mudança nos subsídios, um dos pontos analisados é que o consumidor usa a rede distribuidora para guardar a sobra da energia para utilizar depois, mas não paga por isso. Há uma oneração de quem não usa, o que tem sido tratado como um estímulo à adoção da tecnologia.
O consumidor tem 60 meses para usar a energia solar excedente que produz. Pode compensar, inclusive, na conta de luz de outro imóvel em seu nome.
A proposta da Aneel prevê a manutenção do modelo atual até que a geração atinja determinado patamar nas áreas de concessão, reduzindo depois a compensação. Ou seja, as regras podem ficar menos generosas. No entanto, diretores da agência reguladora já disseram que qualquer mudança na regra valerá somente para novas adesões.