A coluna já havia publicado no ano passado o ranking das 20 profissões que mais ganharam e as 20 que mais perderam espaço no Rio Grande do Sul na última década. Agora, com a divulgação do Caged de 2018, o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, fez um ranking com o desempenho de 2018 a pedido do Acerto de Contas. Confira a lista e uma análise logo abaixo:
As 10 profissões que tiveram o maior aumento no número de trabalhadores no RS em 2018:
1 - Alimentador de linha de produção +10.079
2 - Faxineiro +6.003
3 - Auxiliar de escritório +3.303
4 - Embalador +2.252
5 - Auxiliar nos serviços de alimentação +2.083
6 - Atendente de lojas e mercados +2.057
7 - Servente de obras +1.871
8 - Repositor de mercadorias +1.500
9 - Armazenista +1.295
10 - Assistente de vendas +1.162
As 10 profissões que tiveram o maior redução no número de trabalhadores no RS em 2018:
1 - Supervisor administrativo - 1.682
2 - Gerente administrativo -1.218
3 - Gerente de loja e supermercado - 1.161
4 - Cozinheiro geral -1.081
5 - Supervisor de vendas comercial -811
6 - Acabador de calçados -765
7 - Trabalhador no cultivo de árvores frutíferas -720
8 - Costurador de calçados -713
9 - Pedreiro -668
10 - Gerente comercial -657
Os dados demonstram o ajustamento do mercado de trabalho gaúcho à maior recessão econômica que se tem notícia e a lenta retomada. Parte expressiva da mão de obra contratada em 2018 é formada por jovens com Ensino Médio completo ou incompleto, que têm custos mais baixos para as empresas. Foram mais de 50 mil vagas preenchidas por estes trabalhadores.
Já as demissões se concentraram nos trabalhadores mais caros. Destaque para os de maior idade, principalmente de 50 a 64 anos. Foram demitidas quase 26 mil pessoas deste grupo. O economista Oscar Frank observa ainda que as dispensas daqueles mais qualificados em todas as faixas acima de 30 anos superaram, em média, as admissões.
— A economia gaúcha deve sentir o impacto dessas transformações na forma de uma redução da produtividade a curto e médio prazos. Uma parte considerável dos empregos que deixaram de existir tinham, como característica, maior capacidade de agregação de valor para as firmas. Por outro lado, os jovens recém-contratados, inclusive aqueles com maior escolaridade, levarão tempo até se tornarem mais eficientes. Lembrando que, quanto mais baixa a qualificação, menor é a capacidade de execução de tarefas mais complexas em menor tempo e com maior grau de assertividade - conclui o economista da CDL.