Aos 32 anos, a Juliana Guterres é uma empresária gaúcha ligada na tomada ou com carga extra de bateria. Além de participar de entidades e estar sempre em eventos de startups e tecnologia, tem duas lojas de confecções, em Canoas e Gravataí.
Na última semana, ao chegar na unidade de Canoas da Meia & Cia, encontrou sua equipe esperando com tatuagens novas no braço. Eram pequenos corações recém feitos. Contou emocionada em um grupo de WhatsApp de varejistas gaúchos, do qual a colunista aqui participa.
- As gurias disseram que marcaram na pele o amor que têm pelo trabalho e umas pelas outras. O dia estava cinza e se coloriu inteiro. Eu chorei de tanto amor e, depois, fui fazer o quarto braço tatuado - contou Ju Guterres, como é mais conhecida.
Uma das gurias é Franciele Gomes Dipp, de 36 anos, que é gerente e está na loja desde a inauguração, em 2015. Tem ainda Lisiane Viegas, de 23 anos, e Thaise Schneider, de 25 anos, que são vendedoras.
- Todo mundo faz tudo: venda, caixa, estoque, sistema. Inclusive, a gente divide a comissão da loja. Não é individual. Justamente por esse espírito de equipe, de família.
De onde surgiu a ideia?
Ju Guterres - A história já está rolando faz um tempo, quase um ano. Queríamos nos tatuar em conjunto porque a gente tem uma coisa muito especial. É mais que colegas e mais que gostar de trabalho... A loja de Canoas tem uma "vibe" muito gostosa, uma vontade de ficar dentro. Eu sou muito suspeita para falar porque a loja é minha, mas rola uma coisa muito bacana ali, que transcende o ambiente de trabalho.
Vocês convivem só no trabalho?
Ju Guterres - Não. Saímos para jantar com frequência. Todas nós ou elas sozinhas. Combinam e vão. Temos os encontros com as meninas da loja de Gravataí. Inclusive, vamos todas agora para Brusque, em Santa Catarina. A fábrica de pijamas com quem eu trabalho mais e que produz minha marca própria nos convidou para construir um projeto piloto.
Como vocês todas lidam com a "eternidade da tatuagem"?
Lisiane - Tranquilamente. Eu só faço uma tatuagem sendo muito importante, tanto que eu só tenho tatuado o nome do meu filho e agora essa com as meninas. Para mim, essa equipe é muito importante.
Fraciele - É uma forma de lembrar dos bons momentos que passamos juntas. Trabalhei 15 anos em outra loja e nunca nem passou pela minha cabeça me tatuar.
Thaise - É uma forma de marcar fisicamente o emocional.
Juliana - Eu acho que amor é amor, mesmo que mude, que se distancie ou que eventualmente acabe. O que temos aqui é especial. Então, eternizar isso é uma consequência natural dessa sintonia.
Não é a primeira vez que a coluna Acerto de Contas conta a história de uma tatuagem. Em 2017, trouxemos a decisão do Juliano Morais de marcar na pele o logo da Lebes. Relembre: Vendedor faz tatuagem com o nome da loja onde trabalha