A taxa de desemprego caiu novamente em agosto, para 12,1%. O recuo divulgado pelo IBGE foi um pouco mais intenso do que o projetado pelo mercado.
Ainda é bem acima dos 6,9% de agosto de 2014, antes do impacto da crise no emprego. Mas o detalhe positivo desta pequisa foi o aumento da população ocupada, o que indica criação de postos de trabalho e não queda na taxa apenas porque pessoas desistiram de buscar emprego.
Houve um aumento de 316 mil empregados no setor privado. Também cresceu em 165 mil pessoas o contigente de trabalhadores domésticos. No setor público, foram 233 mil pessoas a mais na estimativa do IBGE.
O destaque ficou para a categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 23,3 milhões de pessoas no país. Em especial, empreendedores com CNPJ, ou seja, formalizados. Cresceu 1,5% na comparação com o trimestre anterior, o que significa um aumento de 341 mil pessoas neste contingente. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador também apresentou elevação de (1,9%), representando um adicional estimado de 437 mil pessoas.
Logo no início da crise econômica, saltou o número de trabalhadores por conta própria. É um movimento lógico, já que pessoas que perdem emprego recorrem a essa fonte de renda. No auge da crise, parou de aumentar, o que também é um movimento compreensível, indicando não haver espaço na economia retraída nem para esta atividade. Agora, o número volta a crescer.
Rendimento médio das ocupações:
Empregado setor privado: R$ 1.920
Trabalhador doméstico: R$ 867
Empregado setor público: R$ 3.493
Empregador: R$ 5.584
Trabalhador por conta própria: R$ 1.623
Média de todos no país: R$ 2.225