Vice-presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, Sérgio Galbinski relata a preocupação dos colegas com a queda na venda de roupas. Estima em 25% o tombo na comparação com o ano passado. O empresário integra entidades, mas também é dono da Casa Louro e mandou a percepção para a coluna após consultar varejistas do Estado.
Segundo ele, na opinião geral dos colegas, o problema é o clima. O atraso na chegada do frio atrapalhou o planejamento. Além de as roupas de inverno terem mais valor agregado e elevarem faturamento, o varejo precisa de estações bem definidas equilibrar as encomendas com as vendas.
Mas Galbinski também acha que os escândalos políticos afetam a segurança do consumidor para gastar. A prisão de Lula e outras notícias envolvendo políticos de peso no país somam-se ao ano eleitoral, que já gera incerteza.
— Lembro de outras situações semelhantes. Quando Lula foi eleito, o dólar salto para R$ 4 e as vendas eram raras. As ruas ficaram vazias. Uma corretora de imóveis me disse que todo mundo está esperando para ver como vai ficar a "coisa" — desabafa o empresário.
A situação preocupa mais ainda porque o Dia das Mães está próximo. Por enquanto, ainda é considerada a segunda melhor data de vendas do ano, atrás apenas do Natal.
Na semana passada, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre enviou em primeira mão para a coluna Acerto de Contas a sua pesquisa para o Dia das Mães. As vendas, segundo as projeções, devem chegar a R$ 183 milhões. O valor é 4% superior ao ano passado e significa aumento real já que a inflação está abaixo de 3% no acumulado de 12 meses.
Veja aqui mais detalhes curiosos da pesquisa: Quem gastará mais com o presente de Dia das Mães em Porto Alegre?