Foi por pouco, mas a indústria do Rio Grande do Sul ainda conseguiu fechar 2017 com crescimento. As fábricas aumentaram a produção em apenas 0,1% na média calculada pelo IBGE.
No país, a média apontou avanço de 2,5% sobre 2016. O desempenho do Rio Grande do Sul foi o quarto pior dos 15 resultados apresentados pelo instituto.
A indústria gaúcha tinha fechado 2016 com queda de 3,8%, ou seja, já é uma base baixa de comparação. O tombo foi em 2015, quando houve recuo de 11,8%. Em 2014, caiu 4,3%. O último crescimento ocorreu em 2013. Ainda há muito chão pela frente para voltar ao patamar anterior à crise econômica.
Conforme o levantamento, sete dos 14 setores pesquisados aumentaram produção no ano passado. Os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos ramos de produtos de fumo (38,2%), de produtos de metal (6,5%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,9%). Analisando por item, o IBGE destaca o aumento na produção de cigarros, revólveres, chaves de porcas e pelas para automóveis.
Por outro lado, as principais influências negativas sobre o total da indústria foram nos setores de celulose, papel e produtos de papel (-16,0%). Lembrando que a fábrica da Celulose Riograndense, em Guaíba, parou a produção por vários meses após um acidente em uma caldeira em fevereiro de 2017. A produção foi retomada em novembro. Além disso, caiu também o segmento de produtos alimentícios (-3,5%), com impacto da fabricação menor de queijos, pães, óleo de soja em bruto e carnes.
Já dezembro veio bem, com avanço de 6,8 sobre novembro. Na comparação com dezembro de 2016, o crescimento foi menor, de +0,3%. Interrompeu a sequência de quatro taxas negativas neste tipo de confronto. Automóveis puxam o resultado da produção industrial, assim como ocorreu com os dados de exportação.