Municípios do interior do Rio Grande do Sul estão agitados tentando garantir uma das lojas da Havan. Diversos estão enviando mensagens para a empresa, que tem sede em Santa Catarina.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o presidente da rede de varejo listou o que está levando em conta para escolher o município. Luciano Hang avisou também que o que não está exigindo:
— Não quero incentivo fiscal, nem terreno. Busco cidades que não tenham burocracia para constrtuir e abrir lojas — enfatizou o empresário.
Completou dizendo que quer liberdade para construir rápido e estar aberto quando o cliente quiser comprar, completando que assim o varejo físico consegue competir com as vendas pela internet. Em entrevista para a coluna em Nova York, na NRF 2018, Hang falou da dificuldade com a restrição de horários e dias de abertura de lojas que encontro no interior do Rio Grande do Sul.
— Na Havan, trabalhamos em três turnos e todos os domingos e feriados. Quem manda na abertura da loja é o cliente. Temos uma loja no Acre e não temos no Rio Grande do Sul, que fica ao lado! — disse na época Luciano Hang.
Hang garante construir lojas de 5 mil metros em 60 dias, gerar 200 empresas por unidade e ressalta a importância de que aceitem a Estátua da Liberdade na frente das lojas, marca da rede catarinense. O Rio Grande do Sul voltou para o radar no plano de expansão anunciado pela empresa ainda em 2017.
— Turistas fazem questão de tirar foto. Há cidades que querem mais a estátua que a loja — disse o executivo.
Hang sempre conta que, há 20 anos, pensou em abrir a primeira filial em Porto Alegre e ouviu na prefeitura que não poderia colocar a Estátua da Liberdade. Foi provocado a retomar o investimento lá em Nova York pelo presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (SindilojasPOA), Paulo Kruse. Após reportagem da coluna, o governador José Ivo Sartori convidou o empresário para um encontro, que ocorreu nessa quarta-feira, quando foi reforçada a intenção de investir no Rio Grande do Sul.
A Havan também atua no mercado de energia. Tem projetos de R$ 400 milhões para construção de pequenas centrais hidrelétricas no Rio Grande do Sul. Luciano Hang reclamou que aguardava licenças há dez anos. O governo está prometendo a licença prévia agora para fevereiro, dizendo que a empresa se adaptou agora às exigências.
Recentemente, Hang admitiu que pretende atuar na política. Especulações mais fortes são sobre uma candidatura ao governo de Santa Catarina. Questionado se pretende concorrer nas próximas eleições, diz apenas:
— Estou vendo. Estou vendo. Quero mais é dizer em quem não votar do que em quem votar.