A startup gaúcha Wbio desenvolveu um equipamento e um sistema de telediagnóstico com o objetivo de automatizar e tornar mais rápida e barata a análise e interpretação de exames laboratoriais. Serve, por exemplo, para exames de sangue e urina, que ainda são, na maioria das vezes, interpretados de forma manual no microscópio.
— Os hospitais e laboratórios enviam através do sistema, via internet, as imagens dos exames e nossos biomédicos analisam e entregam um laudo assinado digitalmente de volta para as unidades de saúde — explica um dos sócios da Wbio, Lucas Sperb.
Lançada em agosto do ano passado, a empresa já está a atuando na Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Scharlau, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Estão sendo realizados testes rápidos de infarto. O resultado fica pronto em 15 minutos.
Além de oferecer o sistema de telediagnóstico, a Wbio quer expandir o negócio e fazer análises de exames mais complexos. Para isso, precisa implantar o equipamento desenvolvido pela empresa dentro as unidades de saúde.
A ideia é ceder, na forma de empréstimo, o equipamento chamado de P1 aos laboratórios e cobrar somente a prestação do serviço. Com isso, o custo do equipamento, que é de R$ 25 mil, seria somente da startup.
Para conseguir captar esses recursos, a Wbio resolveu inovar e lançar uma criptomoeda, denominada Wcoin. A venda da moeda começou na última semana e pode ser feita pelo site wmoeda.com.
— Assim como ocorre com as moedas normais, a variação no valor da empresa influencia o valor da moeda. Por exemplo, se o Brasil vai bem, o valor do real sobe. Se a Wbio vai bem, o valor da Wcoin sobe. Hoje, nós estamos na fase de pré-venda, que vai durar três meses.
O objetivo dessa primeira fase, que vai até abril, é arrecadar R$ 2 milhões. A partir do dia 23 de abril, a moeda estará disponível nas casas de câmbio para compra e venda.
— Quem comprar a Wcoin só poderá efetivamente vender a moeda a partir do dia 23 de abril, quando será finalizado o período de pré-venda. Depois dessa data, quando a Wcoin já estiver disponível nas casas de câmbio de criptomoedas, será possível trocar a Wcoin por dólar, real ou por outras criptomoedas, como Bitcoin - complemente o sócio.
Cada unidade de Wcoin custa R$ 1. O investimento mínimo é de R$ 100. Durante essa etapa de lançamento, quem adquirir a moeda ganha um bônus de 30%. Ou seja, com R$ 100 é possível comprar 130 Wcoin. A moeda também poderá ser usada para pagamento da prestação de serviços da Wbio pelos laboratórios.
Já está em negociação a implantação do equipamento em unidades de saúde de Porto Alegre, do Vale do Sinos e também de cidades do Sul do Estado. A meta da startup Wbio é implantar, em um ano, 10 mil equipamentos de telediagnóstico em laboratórios de todo o Brasil.
A Wbio conta com o apoio do Sebrae/RS. Atualmente, a empresa está no Feevale TechPark e é acelerada pela Ventiur.