Até que enfim, a indústria do Rio Grande do Sul quebrou o ciclo de queda. Depois de cinco meses de desempenho negativo, a produção do setor aumentou 1,4% em novembro sobre outubro. O cálculo é do IBGE e já considera o ajuste sazonal.
Já era esperado um resultado positivo. Foi em novembro que a Celulose Riograndense retomou a produção na fábrica de Guaíba, após a parada que durou alguns meses. O segmento de celulose aparecia sempre entre as pressões de queda nos indicadores do IBGE. Os cinco meses de taxas negativas consecutivas, no entanto, acumularam redução de 6%.
Na comparação com novembro de 2016, no entanto, o resultado segue negativo. A indústria gaúcha produziu 0,2% menos. Seis dos 14 setores pesquisados caíram. O principal impacto negativo foi no ramo de máquinas e equipamentos (-13,8%), pressionado, sobretudo, pela menor fabricação de tratores agrícolas, aparelhos de ar-condicionado de paredes e de janelas. Vale citar também os recuos vindos dos setores de bebidas (-10,8%), de celulose, papel e produtos de papel (-9,5%) e de móveis (-8,0%).
Por outro lado, as principais influências positivas sobre o total da indústria foram dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (8,8%), de produtos de borracha e de material plástico (11,1%), de produtos alimentícios (2,9%), de produtos de metal (5,9%) e de metalurgia (14,6%). Analisando os itens individualmente, destaque para a maior fabricação de carrocerias para ônibus, automóveis, sistemas de suspensão, pneus novos, carnes e miudezas de aves, guarnições, ferragens e artefatos para móveis.
No índice acumulado dos onze meses de 2017, a atividade industrial gaúcha cresceu 0,5% frente a igual período do ano anterior. Oito dos 14 setores pesquisados aumentaram produção. Os principais impactos positivos foram produtos de fumo (37,1%), produtos de metal (9,3%) e bebidas (7,3%). Por outro lado, as principais influências negativas sobre o total da indústria foram assinaladas pelos setores de celulose, papel e produtos de papel (-18,1%), de produtos alimentícios (-3,4%), e de derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%).