O consumidor de imóveis de Porto Alegre voltou a ficar otimista. Foi o destaque que apareceu na última sondagem de 2017 feita pelo Instituto Alphaplan, que calcula o Índice de Expectativa do Mercado Imobiliário.
O recorte do cálculo específico sobre o consumidor atingiu 101,6 pontos. É a primeira vez que passa dos 100 pontos desde maio, quando teve um tombo após a delação da JBS. Com isso, volta ao campo otimista da pesquisa.
— Podemos dizer que foi o auge da crise na cabeça do consumidor de Porto Alegre — comenta Tiago Dias, diretor do Alphaplan.
As outras variáveis estavam elevadas já há mais tempo. Contemplam o humor das incorporadoras e das imobiliárias. Além disso, o IEMI do 4º trimestre de 2017 é o segundo melhor da série, iniciada em agosto de 2015.
Sobre 2017, o diretor do Alphaplan, Tiago Dias, calcula que os empreendimentos lançados em Porto Alegre passaram um pouco de R$ 1 bilhão. Ainda estão sendo feitas as consultas com as empresas.
— Passamos a fórceps e ainda assim é um patamar muito abaixo da média registrada nos últimos cinco anos — analisa Dias.
E qual a aposta para o mercado imobiliário em 2018? Melhor do que 2017, com certeza. Só não se sabe ainda o quanto.
A aposta de Dias e de vários empreendedores imobiliários é na redução da taxa de juros Selic. Há o impacto no custo do crédito para empresas e consumidores. No entanto, o executivo lembra que investimentos em renda fixa perdem atratividade e o investidor precisa buscar outras formas de rentabilidade.
— Conversamos com vários fundos de investimento, que apostam em Selic baixa durante um período de três a cinco anos. O investidor terá que tirar parte do dinheiro do mercado financeiro e ir para o chamado mercado produtivo, o que inclui a compra de imóveis - projeta Dias, que também é economista.