Após o empate contra o Corinthians, no domingo (5), a situação do Grêmio é praticamente irreversível na luta contra o rebaixamento. Além de vencer o Atlético-MG, será preciso que Cuiabá e Juventude não façam mais nenhum ponto nos jogos que faltam.
O resultado em São Paulo foi muito lamentado, especialmente porque o time tinha a vantagem e recuou no final com as alterações de Vagner Mancini. Aliás, é nítido nos bastidores do clube o descontentamento com o trabalho do técnico.
No final de outubro, após a derrota para o Atlético-GO, Mancini não voltou com a delegação para Porto Alegre para resolver questões particulares. O problema é que ele não conseguiu chegar a tempo para comandar um treino importante, antes da partida contra o Palmeiras. Um dos auxiliares teve de comandar a atividade. Como todos os trabalhos são fechados no CT Luiz Carvalho, a informação foi escondida, mas gerou desconforto no clube.
Além disso, o técnico fechou o seu círculo de confiança, formado por Régis Angelis, Lucas Itaberaba e Cláudio Andrade, e não dá abertura para opiniões de profissionais com larga experiência e conhecimento do clube.
Escolhas técnicas e táticas também sofrem contestações internas, inclusive de dirigentes. Desta maneira, mesmo se ocorrer um milagre e o Grêmio escapar do rebaixamento, Mancini, que tem contrato até o final de 2022, não deverá permanecer. Desde que ele chegou, o time teve cinco vitórias, dois empates e seis derrotas, com 43,5% de aproveitamento.
Por isso, em breve o clube deverá iniciar a procura por um novo técnico. Roger Machado, que recebeu proposta antes da contratação do técnico atual, é um nome que agrada muito nos bastidores. Ficou uma certa mágoa pela recusa dele no momento difícil em 2021. No entanto, isso poderá ser superado.