A notícia do interesse de clubes europeus em Victor Bobsin chama a atenção, pois o volante, apontado como uma das grandes revelações do Grêmio, não foi aproveitado no grupo principal. Aos 20 anos, Bobsin segue no grupo de transição.
Com 14 convocações para as categorias de base da seleção brasileira, foi titular no Mundial sub-17 de 2017, quando o Brasil ficou em terceiro lugar. Naquela competição, chamou a atenção de olheiros de Barcelona e Juventus.
Com este currículo, seria natural que o jogador já estivesse recebendo oportunidades, o que não acontece. Para entender melhor o que houve, busquei a avaliação de profissionais que conhecem bem a realidade das categorias de base do Grêmio.
Bobsin é considerado uma joia. É um volante técnico, com boa altura (1,85m), boa leitura de jogo e passada larga. O ano de 2018 seria o da sua afirmação após o Mundial pela seleção brasileira. Só que deu tudo errado. Primeiro, uma fratura no pé. Quando voltou, uma lesão muscular. Se recuperou. No momento de novamente retornar, nova lesão muscular.
Em 2019, o início foi bom. Em março, o grupo de transição fez excursão pela Europa. Um pouco antes da viagem, o atleta teve nova lesão. Conseguiu viajar e atuar em alguns jogos, mas não estava 100%.
Na volta, Bobsin teve destaque na campanha da Copa FGF, mas não foi o suficiente para subir para o grupo principal. Sem dúvida, as lesões atrapalharam. Outros garotos da posição, como Darlan e Frizzo, acabaram ganhando espaço. Para subir e ser aproveitado por Renato Portaluppi, além da parte técnica e tática, é preciso estar na plenitude da forma física.
Em 2020, com as competições de base paralisadas, Bobsin terá dificuldades para conseguir jogar e mostrar tudo que se espera dele. No momento, não existe uma possibilidade concreta de aproveitamento no grupo de cima. O contrato do volante vai até dezembro de 2021. Se o interesse de clubes como Bologna e Udinese realmente se confirmar, não será surpresa se o jogador deixar o Grêmio.