O ex-atacante do Grêmio Tuta lamenta as derrotas nas finais da Libertadores de 2007 para o Boca Juniors. Na opinião dele, o Tricolor merecia o título por dois motivos: a união do elenco e a vontade da torcida de ver o time campeão. O ex-jogador acredita que o resultado da ida, na Bomboneira, passou por erro da arbitragem e, por isso, deveria ter sido outro.
— Nossa equipe era muito unida dentro e fora de campo. No primeiro jogo, se tivesse VAR, não teríamos levado três gols lá e seria menos difícil de reverter em casa — afirma, referindo-se ao primeiro gol argentino, feito por de Palácios, depois que Riquelme cruzou para Palermo, impedido, aos 18 minutos de jogo.
A campanha daquela Libertadores merecia um desfecho diferente na opinião de Tuta. O ex-camisa 9 destaca o apoio do torcedor gremista, que incentivou a equipe no Olímpico nas fases decisivas.
— Eu falo para todo mundo que, dos clubes que eu joguei, o que a torcida mais empurrou foi o Grêmio de 2007. Tanto na Libertadores quanto no Gauchão. A gente vinha de resultados ruins fora, mas revertia em casa — comenta, chamando a energia do estádio de “inexplicável”.
Pouco mais de 13 anos depois da primeira final da competição, disputada em 13 de junho de 2007, Tuta passa a pandemia do novo coronavírus no Rio de Janeiro com a esposa e as três filhas — a mais velha tem 13 e nasceu em Porto Alegre. Ele demonstra preocupação com os níveis de contágio no Rio e em São Paulo e busca amparo na fé.
— Rezamos para que passe logo.
Tuta segue acompanhando o futebol e diz sentir falta das rotinas de treinamentos. Um amigo dos tempos de Grêmio e Fluminense chamou a atenção do ex-jogador no começo do ano. Em 2003, Diego Souza subiu da base do time carioca e encontrou o centroavante afirmado como titular. Tuta diz que sempre viu a força e qualidade ofensiva naquele garoto que surgia como volante.
— Diego (Souza) re-estreou no Grêmio com gol, e eu mandei uma mensagem para ele. Depois ele fez outro no Gre-Nal. Foi que nem eu, porque na minha estreia no Gauchão eu fiz gol com um cruzamento dele — lembra Tuta, elogiando o amigo e ex-colega de quarto na concentração gremista.