Uma década depois de ser contratado pelo Grêmio, Diego Clementino está sem clube. Buscado em setembro de 2010 a pedido do então técnico Renato Portaluppi, o atacante que também já passou por Cruzeiro, Botafogo e América-MG guarda boas memórias do período em que esteve em Porto Alegre.
— O Renato pediu a minha contratação para o Grêmio. Minha chegada foi muito boa, eu realizei um sonho. Fui muito bem recebido por todos os jogadores, eu já tinha jogado com alguns como o Gabriel, Joílson, Fábio Santos e Victor. Isso me ajudou a ter uma tranquilidade maior. Foi um orgulho conhecer o maior ídolo do Grêmio. Tenho muito respeito pelo Renato. Eu era garoto e assistia muito ele. Eu gostava muito do estilo dele, ele era atacante, partia para cima e fazia gols. Foi uma felicidade muito grande. Jamais vou esquecer — disse o jogador que hoje está com 36 anos.
Clementino fixou residência em Belo Horizonte, mas atualmente está em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, na casa da avó. Até a parada do futebol, ele vestia a camisa do Pacajus, no Ceará. No entanto, ele admite já cogitar a aposentadoria.
— Eu estava disputando o campeonato cearense até a parada do futebol. Agora estou conversando com a minha família para ver se encerro a carreira ou continuo por mais um ou dois anos — ponderou.
Segundo o atacante, o Grêmio foi um clube "de exceção" na sua carreira. O atleta guarda até hoje recordações, gols e o carinho da torcida (que chegou a criar os "Clementino Facts" nas redes sociais).
— Eu fico muito feliz com o carinho. A partir do momento em que passei a jogar, o respeito foi imediato. Fiz gol logo na estreia e na segunda partida também. Fui titular algumas vezes, ganhei um Gre-Nal em Rivera e vencemos por 2 a 1 de virada com o Roger de treinador interino. Não tem coisa melhor que ganhar um Gre-Nal. São momentos inesquecíveis. O carinho que a torcida ainda tem por mim na rede social é incrível. Estes dias criei uma conta no Instagram e muita gente perguntava se era eu mesmo. É uma sensação incrível. Lembro muito bem disso. É um carinho. Fizeram o "Clementino Facts" e vale muito a pena lembrar. Era muito engraçado. Foi muito gratificante e um sonho realizado — salientou.
Segundo o paulista, o Grêmio tem um lugar de destaque no seu coração assim como outros dois clubes das cores azul onde ele viveu boas fases: Cruzeiro e CSA. Além disso, os gremistas também ficaram na memória de Diego Clementino por conta de uma comemoração: a Avalanche.
— Eu tenho três equipes marcantes para mim. As três de camisa azul: o Cruzeiro, o Grêmio e o CSA. A equipe que eu mais joguei foi o Cruzeiro, onde eu cresci e fiz a minha categoria de base. O Grêmio foi diferente para mim. Foi um clube de exceção. Era uma alegria muito grande. Quando eu cheguei o time não estava muito bem e classificamos para a Libertadores. Foram dez partidas sem perder e eu fazendo parte daquele grupo. Eu entrava, fazia gol e ajudava. Era Clementino para lá e para cá. Era muito bom. Eu jamais vou deixar de falar que o Grêmio foi um clube de exceção para mim. A torcida é incrível, é diferente. A Avalanche no Olímpico era demais. Nenhuma torcida tinha isso no Brasil — recordou.
Por fim, ele admite que assim que pendurar as chuteiras cogita morar em Porto Alegre. Diego Clementino relembra com carinho da capital gaúcha há uma década e diz que mantém amigos na cidade até hoje. Ainda na época de Grêmio, o atacante morava nas proximidades do Beira-Rio e rememorou as brincadeiras com os vizinhos colorados.
— Muitos torcedores aí em Porto Alegre mantém contato comigo. Quando eu vou a Porto Alegre eu fico na casa de alguns amigos gremistas. Tenho muitos amigos aí. É uma cidade que gostei muito de morar. Hoje eu moro em Belo Horizonte, mas eu tenho opção de morar em Porto Alegre no futuro. Eu morava perto do Beira-Rio, na Padre Cacique. Eu era vizinho do Clemer e no prédio a maioria era torcedor do Inter. Todo mundo sempre foi muito educado. Eles pediam para eu jogar no Inter. Em um ano e meio em Porto Alegre, nunca tive nenhum problema. É uma cidade maravilhosa — concluiu.