A notícia do encerramento da parceria entre Everton e Gilmar Veloz causou espanto no mercado do futebol. Isto porque Everton é o jogador do momento no Brasil, cotado para ser a grande transferência do país nesta janela da metade do ano. E Veloz é um dos principais empresários esportivos do mundo, reconhecido pela postura extremamente séria e correta, com trânsito livre com os principais dirigentes dos grandes clubes europeus.
Em um primeiro momento, o final deste casamento causa espanto. Até porque o empresário estava com Everton desde 2013, quando o atacante chegou ao Grêmio.
Mas a verdade é que o final da relação contratual entre os dois não muda muita coisa na situação do jogador e da sua possibilidade de transferência, que ainda existe. O contrato de representação venceu no final de julho e não foi renovado. A decisão foi tomada com toda a tranquilidade, as duas partes entenderam que o melhor seria colocar um ponto final na relação. Os pensamentos diferentes em alguns aspectos pesaram neste momento.
Gilmar Veloz segue com 30% dos direitos econômicos de Everton. Desta maneira, continua atuando na possibilidade de negociação. É um trabalho que já vem sendo feito há algum tempo, com relacionamento com dirigentes de clubes europeus e intermináveis reuniões. Ainda existe possibilidade de proposta de um clube da Inglaterra, onde a janela termina nesta quinta-feira (8). Nos outros mercados da Europa, a janela se encerra apenas no dia 2 de setembro, com outras situações de negócio que seguem abertas.
Para ficar claro, Veloz continua trabalhando para apresentar propostas oficiais ao Grêmio. Seu trabalho é fazer a aproximação entre os eventuais interessados com o clube gaúcho.
O que muda é que ele não participará mais do acerto da parte salarial de Everton. Como não é mais empresário do atacante, questões como contrato e cláusulas, serão tratadas, se vier a proposta, por um novo agente. No momento, quem cuida disso é Márcio Cruz, que ajudou a trazer o camisa 11 para o Grêmio – curiosamente, Cruz trabalhava com Veloz.
Outro detalhe importante é que outros empresários também trabalham para trazer ofertas. É o caso de Fábio Britto, que trouxe a proposta de um clube da China, no valor de 45 milhões de euros. O formato da investida, com várias cláusulas, não agradou. Além disso, o modelo de negócio foi apresentado pouco antes do fechamento da janela do mercado chinês, no dia 31 de julho, sem possibilidade da negociação avançar.
Assim, a situação de Everton segue em aberto. A boa notícia é que, sem fechamento de negócio, ele segue jogando pelo Grêmio, e com boas atuações.