Nesta quinta-feira (19), Cavani será a atração da Copa América, com o Uruguai jogando em Porto Alegre contra o Japão. Aos 32 anos, o centroavante está consagrado no futebol mundial, como artilheiro do Paris Saint-Germain e ídolo da sua seleção.
Antes disso, a trajetória dele teve algumas curiosidades. E eu tive a oportunidade de acompanhar bem de perto a sua primeira aparição internacional no futebol. Foi em 2007, quando fiz a cobertura do Sul-Americano sub-20, realizado no Paraguai, e que também valia vaga para a Olimpíada de 2008.
No torneio, que teve o Brasil como campeão, Cavani deixou o seu cartão de visitas para o futebol mundial. Na época, ele atuava no pequeno Danúbio, do Uruguai. No Sul-Americano, foi o nome do torneio, marcou sete gols e foi o artilheiro. Ali despertou o interesse dos empresários internacionais, e acabou contratado pelo Palermo, da Itália. De lá, foi para o Napoli, e depois para o PSG.
Aquele Sul-Americano teve um nível tão alto que os outros artilheiros foram Vidal, do Chile, com seis gols, e Alexandre Pato, do Brasil, com cinco5 gols.
Na seleção brasileira, muitos nomes que depois se tornaram conhecidos. Os goleiros eram Cássio e Muriel. Além de Pato, Lucas Leiva era outro destaque do time. O lateral-direito Fagner e o atacante Luiz Adriano também estavam na equipe. Daquele grupo, apenas um jogador está hoje na dupla Gre-Nal. David Braz, recente contratado pelo Grêmio, era um dos zagueiros do técnico Nelson Rodrigues.
Apesar da artilharia, Cavani teve uma grande decepção naquela competição. Na última rodada do hexagonal final, o Uruguai jogava pelo empate contra a Argentina para conseguir a vaga para a Olimpíada de Pequim, em 2008. Seria o retorno da Celeste Olímpica após 70 anos aos Jogos Olímpicos, depois das medalhas de ouro em 1924 e 1928.
Pois aos 47 minutos do segundo tempo, a Argentina marcou o gol da vitória por 1 a 0 que tirou os uruguaios da Olimpíada. Tenho guardada até hoje a cena. Cavani e os demais uruguaios imediatamente caíram no gramado do Defensores del Chaco e começaram a chorar.
O início da trajetória dele foi assim. Com artilharia, choro e David Braz como adversário.
