Aos poucos as coisas começam a ficar mais claras e dá para entender porque a Fifa está insistindo tanto na organização do novo Mundial de Clubes. Mais do que isso, tem pressa. O presidente Gianni Infantino acaba de convocar uma reunião emergencial com líderes das principais confederações de futebol do mundo. O objetivo é apresentar com detalhes o projeto e pressionar pela aprovação. O que está por trás da obsessão do presidente da Fifa é uma proposta bilionária de um grupo de investimentos para organizar o Mundial, com autonomia para escolher a sede e vender os direitos de TV. A Fifa receberia US$ 25 bilhões por três edições do torneio (2021, 2025 e 2029).
Além disso, entraria no pacote uma liga mundial de seleções, em formato ainda a ser definido. Infantino tem 60 dias para dar a resposta, por isso quer agilidade. O seu objetivo é que tudo seja aprovado no Congresso da Fifa, nos dias 12 e 13 de junho em Moscou, na véspera da abertura da Copa. A reunião emergencial é para ter tudo alinhavado e não ter surpresas no evento da entidade. O grande desafio é convencer os principais cartolas europeus, que estão se mostrando contrários a ideia. Eles não querem saber de concorrência com suas grandes competições, como a Champions League e Eurocopa.
No que se refere ao Grêmio, em caso de aprovação do projeto, a vaga na primeira edição do Mundial está quase garantida. Pelo estudo apresentado seriam quatro vagas diretas para a América do Sul, e o Grêmio entraria como o campeão da Libertadores de 2017. E além disso, a Conmebol está exigindo mais duas vagas, já que a UEFA teria 12 dos 24 participantes. Se as vagas da América do Sul subirem de quatro para seis, a presença do clube gaúcho se torna ainda mais certa. De qualquer maneira, é preciso esperar. Serão muitas reuniões até a decisão final em junho.