O diário do ano da peste segue escrevendo errado por linhas tortas, uma página sombria após a outra. Mas nada nos impedirá de abrir nossas portas e janelas - dos olhos, do coração e da mente - para, uma vez mais, ver o sol nascente da música de Moraes Moreira. Nem evitará que sigamos perplexos ante a brutalidade lírica, as vastas emoções e os pensamentos imperfeitos de Rubem Fonseca, que turvou as águas da literatura para deixar os marinheiros de primeira viagem à deriva no mar de letras, e delegou a pieguice, a sandice e a mesmice para o exílio entre folhas secas.
Não chorare!
Rubem Moraes Moreira da Fonseca
O diário do ano da peste segue escrevendo errado por linhas tortas, uma página sombria após a outra
Eduardo Bueno