Milênios antes de os cristãos comemorarem a ressurreição e os judeus celebrarem a passagem, povos de todas as latitudes e tons de pele festejavam o evento cósmico que, no hemisfério norte, marcava a transformação dos rigores do inverno nos brotos floridos da primavera e, no Sul, estabeleciam o declínio das cintilações do verão e o raiar das cores esmaecidas do outono. Dos megálitos de Stonehenge aos templos maias de Yucatán, das pirâmides de Gizé às linhas esculpidas no solo crestado da planície de Nazca, no Peru, os humanos celebravam a harmonia entre o Sol e a Terra, seu alinhamento cósmico, o ciclo celestial de renovação e ressurgência. O sagrado equinócio.
Sexta-feira Santa
Quero jejuar das palavras e ações dos hipócritas
O jejum é curativo, é transformador, é sagrado
Eduardo Bueno