
Que o Gre-Nal é um jogo diferente, ninguém discute. Sempre digo que o Gre-Nal vale muito até quando não vale nada. Este clássico, especificamente, ganhou um peso extra pela fórmula “coice de porco” — curta e intensa — do Gauchão. Por isso, a escolha da arbitragem sempre merece atenção especial.
Aliás, o apito tem sido um capítulo à parte nesta edição do campeonato. Diante desse cenário, considero ainda mais acertada a escala anunciada por Leandro Vuaden, chefe da arbitragem gaúcha.
O responsável pelo apito será Rafael Klein. Nenhuma surpresa nisso, exceto pelo fato de que ele ainda não havia apitado o clássico gaúcho. Aos 34 anos, ele finalmente terá a chance de comandar o maior jogo do Rio Grande do Sul.
Klein já carregava um currículo que sustentava essa escolha há tempos. Árbitro do quadro da FIFA desde o início de 2024, foi eleito o melhor do último Brasileirão e tem no histórico grandes jogos pelo país — incluindo outros clássicos — e até uma final de Copa do Brasil. Sua experiência nacional e a consistência de suas atuações justificam a escolha sem margem para dúvidas.
Além dele, o trio de campo é reforçado por dois assistentes que também pertencem ao quadro da FIFA: Rafael da Silva Alves e Maira Mastella Moreira. Esse é mais um ponto positivo da escala.
Outro detalhe que chama atenção está na equipe do VAR. A cabine será comandada por Daniel Nobre Bins, também árbitro FIFA, e contará com um reforço inédito para os padrões do Gauchão: além do AVAR, que será André da Silva Bitencourt, haverá um AVAR 2, função que caberá ao experiente Jean Pierre Lima. A presença de uma terceira figura no comando do vídeo comprova o peso do Gre-Nal e a necessidade de um suporte extra em um jogo que tradicionalmente exige muito da arbitragem.
Isso significa que não haverá polêmicas? Impossível garantir. Clássico é clássico, e a arbitragem sempre será tema de debate, independentemente da atuação. Mas se há algo certo no Gre-Nal 444, é que a escolha do apito foi bem feita. E isso, por si só, já é um ótimo começo.