Um jogo com atitude maldosa, troca de socos e muita confusão. As famosas cenas lamentáveis do futebol estiveram presentes na vitória por 2 a 1 do Inter contra o Juventude, neste domingo (10), no Estádio Alfredo Jaconi, pela sexta rodada do Gauchão.
Todas as expulsões foram justas, mas houve quem escapou e merecia ter ido para a rua mais cedo. O jogo também teve um pênalti não marcado para o time da Serra. Tudo isso no primeiro tempo.
O tumulto ocorreu aos 42 minutos da etapa inicial e teve como principal responsável o técnico Luís Carlos Winck, que teve uma atitude maldosa. Ele puxou a bola com o pé e colocou o corpo na frente para evitar que William Pottker recomeçasse rapidamente o jogo. Isso porque o goleiro Marcelo Carné estava longe da meta depois de tentar evitar uma lateral. O gesto de Winck não foi honesto e não combina com a biografia de um treinador que busca uma carreira de nível no futebol.
A reação de William Pottker também não tem justificativa. O atacante colorado meteu os dois braços no peito e atropelou o técnico adversário. A partir disso, a confusão já estava formada. Houve troca de empurrões e até socos. Nico López foi atingido e revidou contra Victor Sallinas. Quando as coisas estavam ficando mais calmas, o preparador físico do Juventude ainda atingiu Pottker na altura do peito com as duas mãos.
Entendo que a decisão da arbitragem foi parcialmente correta. Como já disse, as expulsões foram justas. O jovem Vinicius Amaral retirou Winck do jogo e mostrou vermelhos para Nico López e Victor Sallinas. Por outro lado, errou ao não punir William Pottker e o preparador do time da Serra. Os dois também mereciam ter sido expulsos.
Acho importante fazer uma separação neste ponto. A arbitragem é responsável pelas decisões disciplinares e técnicas de um jogo. Vinicius Amaral é um árbitro jovem e que está em busca de espaço. Cometeu erros pontuais depois da confusão e eles estão colocados.
O que não acho justo é dizer que a confusão ocorreu porque colocaram um árbitro inexperiente. Até porque o juiz não tem como impedir um técnico que tem 40 anos de vivência no futebol de fazer o papelão que fez. O que ele tem a obrigação é de tentar controla a confusão e fazer as punições adequadas. Algumas foram feitas, outras não e precisam ser colocadas como equívocos.
O árbitro também pode ser responsabilizado pelo pênalti não marcado aos 15 minutos de jogo. Victor Cuesta errou a bola e chutou só a perna de Braian Rodríguez dentro da área. Ele estava bem colocado e não marcou a infração. Isso foi um erro capital.
Entretanto, há coisas que jogadores e treinadores fazem que não há árbitro no mundo que possa evitar. Não existe juiz bom quando a vontade dos protagonistas do futebol é para fazer bagunça.