O que o Grêmio tem de fazer daqui por diante, na prática, para escapar matematicamente de seu quarto rebaixamento na história? Antes de debater a refundação de vestiário para a próxima temporada, é preciso lidar com o mundo real. E o mundo real reserva exigência de entrar em campo, o que tem sido um sofrimento.
O Grêmio se salvará mais pelos outros, do que por si mesmo. Insisto nessa crença, olhando a tabela dos adversários do Grêmio. Pode ser até que se livre com pontuação de rebaixado, salvo pelo número de vitórias.
De qualquer maneira, que Renato calce as sandálias da humildade e aceite que é mais fácil destruir. Se em novembro o Grêmio ainda não sabe atacar e propor jogo como deveria, não é agora que aprenderá — menos ainda com dois centroavantes batendo cabeça. O jogo com o Juventude deixou isso claro. O empate em 2 a 2 veio por acaso nos acréscimos. E no pênalti defendido por Marchesín, impedindo o 3 a 1 para o Juventude
Linhas mais baixas e próximas, para não descompactar, sem jamais abrir mão do contra-ataque (aí seria o retranca, o que é bem diferente). Suor. Se não der para ganhar, empate. Quem está disposto a trabalhar duro sem a bola? Tem de ter primazia. Um pontinho aqui, outro acolá.
Essa consciência — dura, chata, difícil, injusta com o tamanho da instituição — das próprias limitações em 2024 é o único jeito de reduzir o risco de derrota contra Cruzeiro, São Paulo, Vitória e Corinthians, garantindo Natal e Ano Novo aliviados para a torcida.
O Grêmio, inclusive, levou mais gols do que o Cuiabá (44 a 43). É uma sangria que precisa ser estancada.
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