Talvez Marchesín tome gol. Talvez não acerte o canto se houver pênalti. Do jeito que anda o futebol, nem se pode cravar que o Grêmio vencerá o lanterna Atlético-GO neste sábado (26), na Arena, embora eu aposte em boa vitória tricolor. Talvez ele nem seja o goleiro para 2025, pois não tomou conta da posição. Mas é justo que se faça um elogio a argentino Marchesín, independentemente da atuação contra o Atlético-GO.
Segundo o bem informado repórter Eduardo Gabardo, ele joga. Vitimado por uma dessas viroses que assolam Porto Alegre, chegou a ser dado como desfalque. Recuperou-se nas últimas 24 horas e vai para a partida. É claro que não está 100%. Ninguém se recupera tão rapidamente de uma virose, mesmo sendo atleta. Sua insistência e esforço para jogar mostra interesse, desprendimento e envolvimento com o momento do Grêmio.
O reserva Caíque se enrolou no episódio do Gre-Nal, ao acertar uma criança com uma bola de esparadrapo. Rafael Cabral não joga há muito tempo. Então, apesar de descontado, Marchesín pediu para jogar. Em tese será menos atacado, mas sempre há um risco em termos de força, reflexo. Virose abate. Quem nunca teve?
Então, Marchesín merece esse elogio, antes de a bola rolar: ele entendeu o momento difícil do clube, às voltas com o exorcismo de qualquer risco de rebaixamento, e se dispôs a dar uma parcela a mais de sacrifício.