O Fluminense é o carrasco gaúcho na Libertadores. No ano passado, decepou os sonhos do Inter. Nesta terça (20), os do Grêmio, que perdeu duas vezes: no tempo normal e nos pênaltis. Uma pancada e tanto. Resta agora o Brasileirão, onde está a dois pontos do Z-4 e menos jogos atrasados do que o rival. Eis o que restou aos dois principais times de Porto Alegre no ano da enchente: tudo pelos 45 pontos.
Teria sido diferente se Renato não abrisse mão de Cristaldo por 45 minutos, mantendo Pavon em nome dos três zagueiros? Nunca saberemos, até porque o argentino entrou mal e, mais uma vez, sentiu a pressão, batendo mal a sua cobrança.
O fato é que, assim desenhado, o Grêmio logo perdeu a vantagem de 2 a 1 do jogo de ida. Tomou 2 a 0 em meia hora, sem criar ou finalizar nada.
No intervalo, Renato veio de Gustavinho e Cristaldo. Tirou Kannemann e, enfim, Pavon. Melhorou, pois não havia como piorar. O comandante trocou Dodi por Monsalve, que deu o passe para o jovem de 18 anos fazer o gol e levar a decisão aos pênaltis. Só não entendi Braithwaite por Arezo e Soteldo por Nathan Pescador, que só entrou para errar a penalidade.
Mano trouxe Kennedy e Lima. Também buscou o terceiro gol. Mesmo descansado, o Grêmio não sobrou fisicamente. A verdade nua e crua é que o Tricolor gaúcho já tinha sido pior no Couto Pereira.
Virou com dois erros infantis de um guri inexperiente, o lateral Esquerdinha. As Copas deram uma enganada, mas o ano do Grêmio sempre foi esse: a da Operação 45. Com a Arena, não vai ser tão difícil assim.