Não tenho mais dúvidas sobre o que é mais importante para o Grêmio neste momento de 10 derrotas em 15 jogos no Brasileirão, campanha já pior do que a do último rebaixamento, pois em 2021 a dezena de fracassos veio só ao final do turno, e não restando quatro rodadas, como agora. O ponto crucial não é a volta de Diego Costa. Nem de Cristaldo. Também não é os dois juntos, de longe o melhor do Grêmio em termos técnicos.
O mais importante não é nem mesmo os três reforços — ponta, centroavante e meia — sub-21 garimpados no Chile, Uruguai e Colômbia darem resposta imediata como alternativas de elenco.
O campo é essencial, mas não mais do que a Arena. Se o Grêmio não der um jeito de antecipar o retorno e se livrar dessa loucura de ser visitante sempre, esgualepando-se mais do que os outros pela soma disso com viagens, a queda será mesmo uma possibilidade real.
Os sinais estão aí. O desgaste é cumulativo. Mesmo quem é poupado segue abaixo, abatido e com risco de lesão. A gripe com febre forte que abateu Renato, tirando-o da beira do campo, não é acaso. A imunidade vai lá embaixo.
É preciso saber ler os sinais que a vida te oferece. O Grêmio recebeu um no Morumbi. Que se dê jeito de habilitar a Arena muito antes do show de Caetano e Bethânia, em outubro.
Não há iluminação decente? Joga às 11h. Não tem energia para a sala do VAR? Gerador portátil. Receber 40 mil nessas condições é arriscado? Abre para 10 mil. Alimentação? O pessoal traz lanche de casa. Internet? A gente já viveu sem celular. Azar das transmissões. O modo urgência urgentíssima, como se diz no Congresso, tem de ser acionado.
Não sei como farão Alberto Guerra e Mauro Araujo, presidente da Arena POA, mas eles têm de pôr em prática um plano emergencial, passando por cima do "não dá" e adotando o "vamos tentar".
É isso ou flertar com um rebaixamento que diminuiria a instituição, pelo dano financeiro e a proximidade com o anterior.