Pode parecer maluquice, mas, diante do cenário, voltar vivo de La Plata é bom para a sequência do Grêmio na Libertadores. A tarefa de Renato e cia muda de figura sem Diego Costa, e com Pepê voltando de lesão. Em vez de começar a acreditar no milagre já nesta rodada, melhor deixá-lo para depois.
O ideal seria vencer o Estudiantes e reduzir parte do atraso de largar com duas derrotas de 2 a 0 e saldo negativo de quatro gols. Só que sem Diego Costa e Pavon, a força ofensiva cancheira cai muito. O adversário não é o Real Madrid, mas é um time argentino, tradicional, popular, em boa fase.
Um empate mantém o Grêmio vivo para sonhar, já com Diego Costa e Pepê 100% para valorizar a posse de bola. Somar Dodi a Villasanti e Pepê, abrindo mão de Gustavo Nunes e soltando Cristaldo, não é absurdo. O camisa 10 ganharia mais liberdade para entrar na área e fazer os gols que JP Galvão não tem feito.
O Grêmio terá de ser operário. É aquele jogo em que só bola não basta. Precisará de sangue nas veias, suor e lágrimas.
De olho no Estudiantes
O Estudiantes é uma mescla de juventude e experiência. Só que os experientes são veteranos. Dois jogam no meio e têm 38 anos. Enzo Pérez é o camisa 5 que começa a criação. Adiante dele, Sosa. É o cérebro. Não engatou a carreira que se imaginava na Europa, mas passou por Bayern, Milan, Atlético de Madrid, Fenerbahçe. Chegou à seleção.
Pelos lados, cuidado com o colombiano Cetré. Destro, rápido, é dele o gol da virada sobre os bolivianos, pelo lado direito. Tem também Palacios, extrema, embora o técnico opte por um ou outro, em nome de rechear o meio e dar suporte a Enzo e a Sosa. Não é timaço, mas joga com inteligência e disciplina.