Está muito claro que o técnico Eduardo Coudet já definiu como vai escalar seu Inter ideal. Será em torno de Alan Patrick, especialmente, mas também pensando em Valencia. O técnico entendeu que o camisa 10 colorado é o seu melhor jogador. E que o equatoriano rende mais com ele por perto.
O movimento do segundo tempo da partida contra o Ypiranga, ao trocar Bruno Henrique por Alario no intervalo, sugere uma tentativa tática de não retirar o seu capitão da equipe, colocando-o noutra função, mais recuada na hora de defender.
Com a bola, claro, a liberdade de sempre por trás dos atacantes. Mas essa nova função naturalmente o faz atuar numa faixa de campo mais recuada, às vezes fazendo a saída de bola com o goleiro e os zagueiros, aparecendo menos na área.
O recado de Coudet é de que fará de tudo para poder contar com a qualidade técnica do capitão colorado em qualquer desenho tático. Por isso, o teste para ver se, coletivamente, funciona nas duas fases do jogo, com e sem a bola, defesa e ataque.
Alan Patrick mostrou incrível inteligência tática na hora de recompor. Ele soube fechar a linha de quatro. Não tem o bote, o carrinho do volante marcador. Mas se aproximou, leu o lance, posicionou-se de modo a impedir ou dificultar o adversário de efetuar o melhor passe.
Coudet, mais do que nunca, sabe que Alan Patrick é o melhor jogador do seu elenco. Tem de ver, contra adversários mais fortes, se esse desenho é viável defensivamente, mas ele mostra a importância do camisa 10 na cabeça de Coudet.