O problema do Grêmio com o Ferreira não é perdê-lo de graça ali adiante, mas, sim, o salário. O vínculo se encerra no fim de 2024, mas desde a última renovação, o Tricolor tem só 35% dos direitos. Ferreira está com 26 anos. O tempo de explodir para uma grande venda passou. O salário, além de alto, aumentará em janeiro, por contrato.
Quem é Ferreira? O da temporada 2023 (reserva, às vezes comprometedor) ou o das últimas rodadas (decisivo)? Esse é o ponto. Trata-se de relação custo-benefício. A cada temporada, abre-se o debate. Nova chance é dada. Se ele ficar, será por falta de destinação. Ou por não se achar alguém melhor. Não é exatamente a melhor maneira de decidir pela permanência de um jogador.
O Grêmio adoraria virar essa página. A relação custo-benefício não tem sido como o clube planejou. O déficit de atacantes ficou terrível sem Suárez, sei disso. Se Ferreira sair, restará apenas Nathan Fernandes e André Henrique, duas promessas não totalmente afirmadas. Ainda assim, a régua tem de subir.
O Grêmio precisa ir atrás de um substituto para Suárez — e de um atacante de lado do mesmo nível. Que se vire a página Ferreira, facilitando sua saída, deixando o projeto Nathan no lugar. Talvez seja o melhor caminho para ambos, Grêmio e Ferreira, que, por sua vez, em novos ares, pode deslanchar.