Deu Croácia, 2 a 1, no Estádio Khalifa. Justo. Muito mais time, qualidade superior, resiliência, frieza. A rigor, foi uma disputa de terceiro lugar só com vitoriosos.
O Marrocos foi valente, mas Copa do Mundo não é torneio só de coragem. É também um campeonato em que a alma conta muito, mas só garra não adianta. Precisa ter bola, e a Croácia tem muito mais.
A seleção croata provou que o vice na Rússia 2018 não foi acaso, uma vez na vida e outra na morte. A geração de Modric, em dois Mundiais, chegou entre os quatro nas duas.
Marrocos "se achou" na disputa do terceiro lugar, talvez acreditando nos elogios que recebeu. Houve lances com toques de efeito desnecessários.
O goleiro Bono se imaginou Neuer e quase fez gol contra com os pés. Tomou outro por cobertura. O cansaço também pegou em Marrocos.
É fato que muitos marroquinos estavam cansados, pois nos outros jogos a parte física teve de compensar a deficiência técnica na comparação com as potências.
O gol de cabeça de Gvardiol, o jovem zagueiro croata driblado três vezes por Messi na semifinal, premia um dos grandes destaques da Copa. Trata-se de um zagueiraço.
Foi também uma homenagem para Modric, 37 anos, que se despede da história das Copa com vitória. Que craque. Que inteligência para tudo no futebol. Para Marrocos, tudo certo. Este quarto lugar foi título para o Mundo Árabe.