Havia um problema. E se os torcedores entrassem com bandeiras nos estádios e, a partir delas, arrumassem um jeito de fazer protestos políticos, sabe-se lá como, quem sabe escondendo alto em compartimentos secretos? A revista ia demorar demais. A solução encontrada foi relativamente simples, decidida pelo Xeque Tamim bin Hamad bin Khalifa Al-Thani, rei deste emirado quase todo banhado pelo Golfo Pérsico que recebe a primeira Copa do Mundo em uma nação predominantemente muçulmana.
O maior receio é bandeiras LGBT+. Mas como permitir um jogo sem bandeiras, uma prática universal do futebol? Muita gente chega aos estádios com elas. E o prejuízo? Como dinheiro não é problema no Catar, a saída foi comprar milhares de bandeiras e dar aos torcedores. Quantas eles quiserem. As pessoas que entram nos portões de acesso logo topam com um estande da organização.
Elas são muito parecidas. Formais. Quadradinhas. Chatas. Mas bandeirolas de Brasil e Suíça não faltarão no jogo desta segunda. Vai ficar parecendo convenção de vendas, mas fazer o que?